07 dezembro 2008

A punch in my jawb

Nos dias de hoje muitos são os chamados preguiçosos. Mas o Homem sustenta a sua segurança na integridade do seu EGO. Trabalho sempre significou ser mandado, excepto para um numero muito reduzido de pessoas, os patrões. Mandar é anular a vontade do outro. É esmagar o EGO do outro. Quantas pessoas se conhecem que gostem deliberadamente de ver a sua vontade anulada? Não falemos para já se todos tem capacidade para exercer a sua vontade. Vejamos só que de um ponto de vista primário que face ao anular da vontade e fazer as vontades dos outros, qualquer um deseja não ver a sua vontade anulada. É este o problema do emprego. O fazer, não por querer, mas porque se tem de se sobreviver. Encontrado esse caminho a tudo se permite em troco da sobrevivência. A tudo... Se existe a hipótese de garantir a sobrevivência sem anulação da vontade é claro que essa é a escolha natural.  Parece-me a mim que a sustentabilidade do emprego dos dias de hoje não está em fazer o Homem trabalhar pela sobrevivência, mas sim pelo desenvolvimento do seu próprio talento atingindo a realização pessoal e esta traz uma segurança muito mais abrangente e duradoura que o trabalho pela sobrevivência e anulação pessoal não permite. Não falo de uma utopia. Falo de uma realidade que temos de ponderar...

Imagem: Filme Les Temps modernes — Charlie Chaplin

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