04 dezembro 2008

l'EGO

Parece-me a mim que a quantidade de gestores e falsos líderes dos nossos dias se deve a uma profunda incapacidade de receber uma ordem, ou directiva, pela desconfortável sensação que esta lhe provoca no EGO.
O EGO é a projecção no futuro do EU em segurança. Algures nas suas vidas tiveram de optar entre mandar ou serem mandados. Face à sua incapacidade, tomaram a primeira como escolha para que ninguém acima de si podesse sensibilizar o incapacitado EGO. Mas liderar, é ver de cima, é formular, é decidir e realizar... através de outros, em conjunto com eles. Problemas de EGO levam à unidireccionalidade da comunicação entre o líder e a organização. A directiva flui do lider para o liderado, mas o fraco EGO do liderado filtra e elimina qualquer informação desfavorável que advenha do liderado e eventualmente até o liderado. Não permite assim a sua recepção que lhe daria a percepção correcta e real do estado da organização. Desta forma, é como se o sangue do corpo só corresse num sentido, não há retorno e o corpo acaba por morrer sufocado. Por sua vez os liderados sentem-se desrespeitados e o seu prórprio EGO activa as defesas, criando cisão na organização, fragilizando-a. Esta fragilidade não é aceite uma vez que é uma informação desfavorável ao EGO do líder que em fraqueza culpa a organização. Esta, por sua vez, defende-se. Em estado febril de combate interno o corpo extingue-se por si só como se de uma doença se tratasse. As peças do LEGO estão soltas... faute de l'EGO.

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